BENEFÍCIO AMBIENTAL
O projeto MILHO AMARELO apresenta os seguintes benefícios ambientais:
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Melhoria da qualidade dos solos;
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Diminuição da erosão dos solos e redução no consumo médio de adubos;
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Aumento da eco-eficiência;
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Aumento da biodiversidade animal e vegetal.
MELHORIA DA QUALIDADE DOS SOLOS
O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações na atividade microbiana, a partir das estimativas do carbono e nitrogénio da biomassa microbiana, em solo submetido às sucessões de culturas trigo/soja e trigo/milho, em preparo do solo convencional e plantio direto.
DIMINUIÇÃO DA EROSÃO DOS SOLOS E REDUÇÃO DO CONSUMO MÉDIO DE ADUBOS
A instalação de novas culturas de cobertura outono-invernais permitirão melhorar a estrutura física (e.g. estabilidade dos agregados e porosidade) e química do solo (e.g. dinâmica do azoto e fósforo) e controlar pragas e doenças do solo.
Estas culturas permitirão não só proteger o solo contra a erosão como permitirão sequestrar o azoto retido no solo após a colheita do milho. Este azoto será devolvido ao solo enterrando a cultura permitindo que a cultura principal possa utilizar esse nutriente sem que o mesmo possa ser lixiviado para os lençóis freáticos.
Assim, com esta operação obtém-se uma tripla vantagem, diminuição da erosão, redução no consumo médio de adubos e melhoria da qualidade da água (evitando a lixiviação do azoto para o solo).
AUMENTO DA ECO-EFICIÊNCIA
As atividades agrícolas funcionam tanto como emissoras como sequestradoras de gases com efeito de estufa.
O sequestro de carbono pela agricultura refere-se à capacidade das culturas agrícolas e florestais em remover o dióxido de carbono da atmosfera, sendo este absorvido através da fotossíntese e armazenado em diversas partes da planta ou no solo. A implementação de práticas agrícolas que envolvam a minimização da erosão do solo, a maximização do teor de matéria orgânica, a redução da quantidade de adubos aplicados e a utilização de fertilizantes naturais, a gestão adequada dos equipamentos e das práticas de mobilização do solo e a gestão da água da rega, permitem aumentar o sequestro de carbono até valores da ordem das 4 toneladas de CO2 equivalente por hectare e por ano (4t CO2 eq.ha-1.ano-1).
O aumento do sequestro de carbono, associado a uma redução das emissões de carbono, permitirá reduzir consideravelmente a pegada de carbono, estimando-se uma redução da unidade poluente por VAB gerado superior a 15%. A instalação de novas culturas temporárias que se irão substituir ano após ano, contribuirá de forma muito significativa para o aumento do sequestro e armazenamento de carbono no solo.
BIODIVERSIDADE
Todas as infraestruturas que se pretendem desenvolver beneficiam do incremento de biodiversidade de insetos, aves e mamíferos, por constituírem locais de alimento e proteção. Também ao nível vegetal, irá haver incrementos importantes ao nível da biodiversidade. O projeto prevê a instalação de diversas culturas temporárias e permanentes, culturas essas que são na sua maioria autóctones, sendo algumas raras ou em vias de extinção.