Enquadramento

 

A cultura da uva de mesa ocupa, em Portugal, uma área de cerca de 6.000 hectares, resultando numa produção anual superior a 50.000 toneladas. 

 

As áreas de mercado mais representativas são: Algarve, Alenquer, Ribatejo, Palmela e Ferreira do Alentejo. As regiões do Algarve e do Ribatejo concentram, em conjunto, cerca de 85% da área e 90% da produção total de uva de mesa do Continente. A produção de uva sem grainha, ainda em reduzida escala, destina-se maioritariamente ao mercado de exportação.

 

A comercialização inicia-se no Algarve, a meados de junho e termina a meio de novembro, na região do Alentejo.

 

A balança comercial é muito deficitária. As exportações são muito modestas, comparativamente com as importações. O principal fornecedor do mercado nacional é a Espanha e, em períodos de contrastação, é a África do Sul e o Chile.

 

Nos próximos anos, prevê-se um aumento da produção a nível nacional, dado terem sido efetuados investimentos a nível de infraestruturas, equipamento e aumento de áreas de produção, especialmente em Ferreira do Alentejo e Palmela.

 

A uva de mesa é uma cultura muito exigente em termos de técnicas de produção aplicadas e necessidades específicas de cada variedade para que se obtenham frutos de alta qualidade. Tal resulta num elevado custo de produção, mas também num valor comercial elevado, principalmente no caso das variedades precoces.

 

Devido aos elevados custos de instalação associados a esta cultura, são necessárias reduções de custos de produção e aumentos de produtividade de trabalho para que sejam possíveis aumentos de área, produção e número de novos produtores. O escoamento do produto é uma certeza, tanto no mercado nacional, como ao nível de exportações.