BOSQUETES
Grupos de árvores de pequeno porte/arbustos que estão interligados uns com os outros através da sobreposição das suas copas. Estas estruturas fornecem abrigo, sombra, habitat e alimento para a biodiversidade. Contribuem para reduzir a erosão do solo pelo vento e ajudar na redução da quantidade e da taxa de escoamento dos cursos de água, contribuindo assim para a prevenção de inundações/cheias em áreas sensíveis.
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Diversidade de espécies de árvores/arbustos – uma maior diversidade de espécies arbóreas/arbustivas é suscetível de ter um maior valor estético do que uma monocultura. Embora outros fatores desempenham um papel importante, uma maior diversidade de espécies arbóreas/arbustivas promove uma maior biodiversidade.
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Cobertura do solo (nos bosquetes) – a ausência de vegetação herbácea e arbustiva aumenta o risco de erosão à superfície.
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Vegetação herbácea na orla dos bosquetes – a existência de vegetação herbácea na orla dos bosquetes fornece alimento a borboletas, abelhas, moscas e proporciona um habitat preferencial de Inverno para escaravelhos
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Nível de variabilidade estrutural – uma estrutura variada pode ser benéfica para numerosas espécies. Um bosquete com uma estrutura muito variável (estrato arbóreo, estrato arbustivo e estrato herbáceo) é suscetível de ter um maior valor estético do que um bosquete com estrutura limitada.
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Presença de espaços abertos – a presença de espaço abertos ajuda a manter uma proporção/sucessão de habitat iniciais, bem como uma maior diversidade de habitats. Um bosquete com espaços abertos é suscetível de ter um maior valor estético do que um bosquete sem espaços abertos
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Espécies de bosquetes – a plantação de espécies exóticas de crescimento rápido pode ter um impacto negativo na biodiversidade. As espécies autóctones têm um maior valor estético em relação a uma paisagem natural do que as espécies exóticas.
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Idade do bosquete (anos) – os bosquetes mais antigo têm um maior potencial para reduzir o rendimento hídrico, e portanto, um menor impacto nas reservas de água. Os bosquetes mais antigos, com maior porte arbustivo/arbóreo, têm um maior potencial para reduzir os fluxos de água e assim contribuir para reduzir o risco de inundações nas bacias hidrográficas. Os povoamentos mais antigos, já estabelecidos com uma boa estrutura, suportam mais biodiversidade – são uma fonte de abrigo, repouso e alimentação para diferentes espécies. Povoamentos mais antigos têm um maior valor estético do que bosquetes mais juvenis.
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Perfil da bordadora do bosquete – um bosquete com três perfis (arbóreo, arbustivo e herbáceo) é suscetível de ter um maior valor estético do que um bosquete com apenas um ou dois perfis. Uma estrutura com mais perfis é mas benéfica para a biodiversidade – aves, mamíferos, insetos e aranhas por exemplo.
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Forma da bordadura do bosquete - uma bordadura menos reta (mais curva), de preferência mais suave (com algumas falhas de vegetação) proporciona uma maior diversidade de habitats à escala da paisagem. Os bosquetes com uma bordadura mais curva e variável são mais suscetíveis de ter um maior valor estético do que bosquetes com bordaduras mais retas e uniformes.
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Densidade da vegetação da bordadura do bosquete – a vegetação densa proporciona uma maior diversidade de habitats e proteção da biodiversidade existente. Há indícios, de que as pessoas consideram os limites de bosquetes abertos mais apelativos do ponto de vista visual do que limites densamente vegetados, uma vez que permite o acesso e a vista para o interior dos bosquetes.
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Localização dos bosquetes – quando os bosquetes estão localizados dentro ou perto dos campos agrícolas podem fornecer um ponto de passagem vital (“stepping stone”) para os polinizadores navegarem através dos campos agrícolas.
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Tipo de bosquete – os tipos de espécies dos bosquetes afetam a quantidade de carbono que pode ser sequestrado da atmosfera, sendo que as coníferas são as que têm um maior potencial.