ESTÉTICA DA PAISAGEM
O valar da esteticidade de cada uma das estruturas foi determinado em função de um sistema de pontuação. Este sistema é tanto utilizado pela EFA Calculator como a QUESSA. Este equação consiste em 3 fatores positivos e 3 fatores negativos que são somados entre si. Os fatores negativos não variam consoante o tipo de estrutura, mas sim com a sua localização (proximidade ou não) a edifícios, estradas ou outras áreas urbanas. Já os fatores positivos variam consoante as características de cada estrutura. Os fatores positivos variam consoante a combinação de determinadas características de cada estrutura, por exemplo; o carácter natural (N) pode variar consoante as estruturas arbóreas/arbustivas adjacentes, a diversidade florística, números de habitats interligados; o carácter histórico (HD) pode variar consoante por exemplo a presença de árvores centenárias; enquanto que as características do relevo (R) pode variar consoante o declive e a topografia. Realça-se que os fatores negativos afetam todo o tipo de estruturas, enquanto que há determinadas estruturas que não beneficiam/são afetadas pelos fatores positivos.
MODELO "PONTO DE PARTIDA"
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Agricultura de Conservação - o valor residual desta exploração, corresponde à ausência total ou área reduzida de estruturas de foco ecológico com grandes valores de estética. A EFA com maior nível de estética é o “Pousio” com um índice total de 6,82 (aproximadamente 52%).
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Intensivo Pecuária e Extensivo Agrícola - a exploração apresenta o valor mais elevado (e destacado) de estética da paisagem nomeadamente pela sua área total e pela extensas áreas de estruturas de foco ecológico com alto valor estético – Agroflorestal, Pastagens e Floresta.
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Intensivo Agrícola - O valor negativo da exploração corresponde à soma dos fatores negativos que porventura, respetivamente, têm os scores mais negativos da estética; contexto urbano envolvente (>20% urbano, nos 500m envolventes), perturbações visíveis na linha de horizonte (<1km) e nível de ruído soro (muito barulho [65db] – ao lado de uma estrada nacional perto de um aglomerado urbano.
A exploração Extensivo Minimalista e Densidade Animal Baixa apresenta um maior valor de estética da paisagem por hectare do que a exploração Intensivo Pecuária e Extensivo Agrícola, porque o rácio de área Agroflorestal (estrutura de foco ecológico com um dos maiores valores de estética) face à área total da exploração é bastante superior, 73% e 43% respetivamente.
MODELO "BOAS PRÁTICAS"
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Intensivo Agrícola - a exploração contínua a apresentar um valor negativo (em função da sua envolvência) no entanto com a inclusão das novas estruturas de foco ecológico conseguimos aumentar significativamente o seu índice, sendo é importante realçar o papel dos buffers (que no modelo das boas práticas são orlas multifuncionais) e as margens de campo.
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Agricultura de Conservação - a exploração com o segundo valor mais baixo do índice de estética da paisagem, a inclusão das novas estruturas possibilitou um aumento percentual total por hectare de 73%. Este aumento é explicado com a “extinção” das áreas de pousio e a reconversão de uma parte da terra arável nomeadamente em 6,64 hectares de Bosquetes. Esta tipologia de estrutura passa a ser responsável por 64% do valor da estética da paisagem e corresponde (sozinha) a 2,5 o valor inicial total da estética da paisagem da exploração.
De uma forma geral o índice da estética da paisagem aumentou com a implementação fictícia das novas estruturas de foco ecológico. Realça-se que na exploração Extensivo Minimalista e Densidade Animal Baixa o seu valor decresce na totalidade, mas aumenta no seu valor médio por hectare. Esta situação é explicada com a ligeira redução de área de agroflorestal (estrutura bastante expressiva na estética da paisagem) em detrimento da implementação da estrutura de “árvores em linha” (outra estrutura com grande potencial e expressão na estéticidade da paisagem).